sábado, 15 de setembro de 2012

Guardamos o melhor de nós para quem?

Os dias têm sido ocupados... Ainda que o meu trabalho vá andando com alguma instabilidade de horário e ainda não esteja a trabalhar a 100%, os dias têm sido preenchidos! 

Esta semana o meu marido jantou todos os dias em casa, o que é de facto algo a assinalar por não ser de todo comum! Contudo, não me parece que tenhamos aproveitado bem esta oportunidade. Não porque nos tenhamos chateado ou tenha acontecido algo! Até temos andado bem dispostos... O que acontece é que passamos o dia disponíveis para as pessoas no trabalho, gastamos a energia, os sorrisos e até mesmo a paciência, porque é mesmo assim, porque é trabalho e sabemos que temos de fazê-lo bem!

À noite é fácil desligar o filtro e não fazer este esforço, é fácil ficarmos no nosso canto, sossegados... À noite parece aquele momento do dia em que menos comunicamos e que estamos menos disponíveis, quando devia ser ao contrário. Talvez porque o casamento não representa números ao fim do mês, no casamento não temos metas ou objectivos para cumprir (pelo menos não explícitos e escritos em algum lugar). 

Quando casamos dizemos aquele palavreado todo bonito, mas se pensarem bem é algo geral e dá para tudo! Não devíamos antes assinar um contrato que incluísse o número de abraços e mimos por mês? Um contrato que incluísse um número de horas de bons momentos e pusesse um limite no tempo possível de rabugice? Assim algo mais concreto... 

Vivemos numa sociedade de números, será que o casamento também deveria ser uma questão de números?! Parece-me que o carácter aleatório com que as coisas vão acontecendo no casamento é que torna as pessoas infelizes, é a falta de doseamento e adequação de expectativas que faz algumas pessoas sentirem-se mais infelizes do que realmente são.

Devíamos sempre guardar uma boa parte do nosso melhor por dia para o outro!!



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